domingo, 25 de abril de 2010

Curiosidades

Cientistas estudam recuperação de paralisias com células estaminais

Cada ano, mais de 130 mil pessoas em todo o Mundo são vítimas de um traumatismo da coluna vertebral, conduzindo a uma paralisia permanente e a uma vida inteira marcada pela incapacidade física.
Na Europa, cerca de 330 mil pessoas vivem com uma lesão permanente na espinal-medula, com 10 mil novos casos anuais.
Um grupo de cientistas europeus, enquadrados no projecto RESCUE apoiado pela União Europeia, está a estudar formas para restaurar a espinal-medula lesionada através de células estaminais humanas provenientes de medula óssea e do sistema nervoso central.
O Instituto de Neurociências de Montpellier, no sul de França, é um dos participantes no projecto. Os investigadores do instituto acreditam que as células estaminais presentes na espinal-medula de adultos podem ter um papel-chave na reconstrução da espinal-medula, permitindo eventualmente aos pacientes reconquistar um dia a mobilidade.
As células estaminais são capazes de reproduzir-se e de transformar-se em células maduras da espinal-medula, seja neurónios sensoriais ou outras células.
Segundo os cientistas, permitem desenvolver diferentes tipos de células necessárias ao correcto funcionamento da espinal-medula.
Depois de cultivadas, as células estaminais foram implantadas em ratos de laboratório.
Os cientistas verificaram depois que essas células se transformavam em neurónios, capazes de ligar-se parcialmente ao sistema nervoso.
Graças a injecções de células estaminais, 80 por cento dos ratos paralisados recuperaram algumas das funções motoras. Segundo os cientistas, o que funciona para os animais pode, a longo prazo, funcionar para os humanos. Mas a palavra de ordem é ainda “cautela” a respeito das futuras utilizações terapêuticas deste progresso científico nos humanos.
Poderá demorar pelo menos cinco anos até que sejam realizadas as primeiras experiências em humanos. O caminho será árduo e os resultados finais uma incógnita, mas estas investigações oferecem uma nova esperança.

Cientistas criam células estaminais de músculo cardíaco a partir de corações humanos adultos


Na Holanda, investigadores do Centro Médico Universitário de Utrecht e do laboratório Hubrecht, afirmam terem conseguido criar grandes quantidades de células estaminais de músculo cardíaco, a partir de corações humanos adultos.

Células embrionárias devolvem esperança a cientistas e doentes americanos

Os Estados Unidos voltam a apostar na utilização de células estaminais retiradas de embriões e aplicadas à investigação médica.
O presidente Barack Obama tinha prometido e cumpriu. A partir de hoje são levantadas as restrições impostas pela administração republicana e que ao longo dos dois mandatos de George W. Bush terão impedido importantes avanços no combate a doenças como a diabetes ou a doença de Parkinson. “Já perdemos oito anos, estamos muito entusiasmados para ver a investigação ter finalmente uma hipótese de dar provas”, declarou Tim Ryan, um americano que sofre de diabetes.
A comunidade científica está animada por poder retomar uma técnica que diz tornar possível criar tecidos que podem vir a substituir células pro
dutoras de insulina, ou mesmo novas ligações nervosas para restaurar lesões na coluna vertebral. “Isto vai ter um impacto imediato. Vai dar-nos energia. E vai disponibilizar aos cientistas perto de mil novas linhas de células estaminais que não pudemos usar durante os últimos oito anos”, afirmou George Daley, médico de um hospital pediátrico de Boston.
Os métodos em causa geraram contestação e dividiram a América uma vez que a sua utilização implica a morte de embriões com poucos dias de vida.